Focado na aprovação da reforma previdenciária, o presidente Michel Temer aproveitou o domingo para se reunir com ministros representantes do Nordeste.
O encontro contou com a presença de Bruno Araújo, das Cidades; Mendonça Filho, da Educação; Raul Jungmann, da Defesa; Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo; o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba; e os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e o da Câmara, Rodrigo Maia, anfitrião do grupo. Após o encontro, Jungmann, presidente do PPS, garantiu que o partido votará pela reforma. A bancada do Nordeste representa 151 deputados, sendo, pelo menos, 87 da base do governo. Esse grupo hoje é um grande contingente de votos contra a reforma, dada a repercussão do discurso petista em relação ao tema e ao governo.
Afinal, indicam as pesquisas, é ali que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito a pré-campanha, comprometendo o prestígio de Temer a ponto de o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), adotar um discurso mais oposicionista para tentar evitar a derrocada do grupo em Alagoas. Aliás, o ministro do Turismo, Max Beltrão indicado por Renan, não estava na reunião.
A avaliação preponderante hoje, na base aliada, é a de que, se a população não considerar suficientes as mudanças anunciadas até agora na reforma da Previdência ou a oposição fizer valer a versão de que as mudanças são ínfimas, o governo não terá os 308 votos necessários na Câmara. Portanto, a ordem agora é tentar fazer chegar aos parlamentares que as mudanças são significativas e ajudarão, em especial, os mais pobres, como o trabalhador rural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário