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29 de maio de 2015

REFORMA DA CÂMARA CONSERVA O PIOR DO SISTEMA

O mais grave defeito do sistema político-eleitoral brasileiro é o excessivo número de partidos. Ninguém discorda disso. Ele produz tamanha dispersão dos votos na eleição de deputados que impede a formação de uma maioria ou de uma base parlamentar consistente para garantir a governabilidade. O resultado é o presidencialismo de coalizão, movido a concessões, nomeações e negociações permanentes para garantir os votos de que todo governo precisa para implementar suas políticas.

Entretanto, a reforma política que a Câmara está votando não moveu uma vírgula para mudar esta realidade. Nesta quinta-feira foram mantidas as coligações em eleições proporcionais (deputados e vereadores) e aprovado um arremedo de cláusula de barreira, pelo qual terão direito ao fundo partidário e ao tempo de televisão os partidos que elegerem pelo menos um deputado ou senador.

Estas coligações criam uma das maiores distorções de nosso sistema. Na eleição para deputados (federal e estadual) um partido grande se coliga com um pequeno, oferecendo a este vantagens financeiras e outros recursos de campanha. Os votos obtidos pelos candidatos do pequeno partido ajudam a engordar o somatório da coligação, aumentando o número de cadeiras conquistadas pelo partido maior.

As vezes, sobra para um ou dois do partido menor. "O plenário optou por manter a indústria da criação de partidos." A verdade é que, quem cria um partido no Brasil, está verndendo dois produtos no mercado eleitoral. Tempo de TV para os candidatos a prefeito, governador e presidente e coligação proporcional nas eleições para deputados e vereador. E ainda recebe o jabá ( dinheiro ) do fundo partidário.

Cá prá nós, esse Congresso é ou não uma vergonha Nacional. É uma cambada de picaretas descarados e mentirosos.

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