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29 de abril de 2014

NOVOS NÚMEROS DESAFIAM FUTURO DE DILMA E LULA

Com novos números sobre a mesa, chegados com a pesquisa CNT/MDA divulgada na manhã desta terça-feira 29, mudaram as condições de temperatura e pressão em torno dos presidenciáveis. A oposição mostrou ter alcançado, a pouco mais de cinco meses da eleição, novos patamares, com melhores ares. Num salto de quase cinco pontos entre fevereiro e a semana passada, quando foi feito o campo do levantamento, o presidente do PSDB, Aécio Neves, superou a casa da dezena para chegar a entusiasmantes, para ele e os seus, 21,6%. Podendo ser visto, assim, como grande vitorioso do levantamento, Aécio provou a si mesmo que a estratégia de ser um crítico incansável do governo está dando resultados concretos.

Para o presidente do PSB, Eduardo Campos, a pesquisa também trouxe boas notícias. Ele atingiu, igualmente pela primeira vez, os dois dígitos, perfazendo 11,8% das intenções de voto. Nem é preciso haver boa vontade para julgar o resultado como perto do excelente. Afinal, até quatro semanas atrás Campos estava circunscrito a Pernambuco, que governava, e ao Nordeste, região em que é mais conhecido. Num movimento conjunto, formalizou sua chapa com Marina Silva, mudou-se para São Paulo para se instalar no centro do maior eleitorado do País e, como prêmio antecipado, viu seu nome subir mais de um ponto e meio desde a última pesquisa do mesmo instituto. Campos confirmou que está caminhando na direção certa.

As piores cartas, agora, recaíram nas mãos dos jogadores do governo. A presidente Dilma Rousseff, é certo, por mais esta rodada ainda venceria a disputa em primeiro turno. E em todos os cenários apresentados para uma eventual segunda volta. Com 37% das intenções de voto, porém, o problema para ela foi o registro da perda de sete pontos percentuais entre a pesquisa de fevereiro e a atual. A explicação está à vista de todos, na saraivada ininterrupta de ataques certeiros da oposição e repercussão intensa na mídia tradicional e familiar. Tudo dentro da regra do jogo, o que já era esperado pelos estrategistas do Palácio do Planalto. 

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