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12 de março de 2018

Os desafios de Marina para emplacar discurso antipolarização e vencer eleição

Em meio a um sentimento de "terra arrasada" na política pós-Lava Jato, Marina Silva (Rede) volta à disputa presidencial pela terceira vez com a esperança de que seu currículo limpo e o discurso antipolarização agora funcionem para levá-la ao Palácio do Planalto.

Sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa - cenário mais provável hoje devido à condenação por corrupção e lavagem de dinheiro em segunda instância -, Marina chega a aparecer com 16% de intenções de voto na pesquisa Datafolha, empatada tecnicamente na liderança da corrida com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-JR), que tem 20%.

O bom desempenho, no entanto, não tem se refletido em apoio dos demais partidos e dos políticos - o que tende a complicar seu trajeto até Brasília. Pré-candidata da Rede Sustentabilidade, ela caminha para disputar sua terceira eleição presidencial seguida em uma legenda menor do que nas anteriores (PV em 2010 e PSB em 2014).

Para piorar, nas últimas semanas a sigla encolheu ainda mais com a saída de dois deputados federais, Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR), que foram para o PSB. O fato é especialmente negativo porque o tempo de TV durante a campanha e o montante de recursos públicos para cada legenda são calculados de acordo com a bancada na Câmara dos Deputados.

A perda deixou a Rede com apenas três parlamentares e pode acabar excluindo Marina dos debates presidenciais, já que o convite é obrigatório apenas a partidos ou coligações com ao menos cinco representantes do Congresso.

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