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30 de novembro de 2017

ROMERO JUCÁ É HOSTILIZADO EM AVIÃO E TENTA TIRAR CELULAR DE PASSAGEIRA

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi hostilizado em um voo de Brasília para São Paulo nesta quarta-feira (29). "O sr. conseguiu estancar a Lava Jato, foi?", pergunta a passageira Rúbia Sagaz, que confrontou o senador.

A interação foi filmada por ela e por outras pessoas na aeronave. "Safou seus amigos canalhas? O senhor não tem vergonha?", pergunta Sagaz.

Ela faz referência a frase que ficou famosa e faz parte de conversa revelada pela Folha de S.Paulo em maio de 2016, entre o senador e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que ambos fazem referência a um pacto para parar as investigações da Lava Jato.

No vídeo, Sagaz, que postou as imagens em sua página no Facebook, se aproxima do senador, que está de pé próximo a seu assento, e anuncia: "gente, o Jucá, do 'grande acordo nacional, com o Supremo [Tribunal Federal], com tudo". O "grande acordo nacional" também é um trecho da conversa entre Machado e Jucá, de março de 2016, gravada pelo primeiro.

Jucá reage dizendo que a mulher deveria respeitá-lo, e em seguida questiona repetidamente: "Você deve ser petista, né? Por isso que a gente tirou vocês."

Sagaz pergunta se ele, sendo do PMDB, é honesto. Nesse momento, o peemedebista tenta arrancar o celular da mão da mulher, que vai para trás e diz para o político não agredi-la, arrancando palmas do resto da cabine. É possível ouvir outro passageiro questionando: "Vai bater em mulher agora?".

A mulher questiona então como estaria o "acordo para a reforma da Previdência, para a reforma trabalhista". Jucá retruca afirmando estar "recuperando o país" e dizendo que "vocês quebraram o país".

Em seu perfil do Facebook, Rúbia afirmou estar de alma lavada após o encontro. "Só se revolta quem é petista? Partido bom é o PMDB?"

Não é a primeira vez que o senador é hostilizado durante voo. Em fevereiro deste ano, o presidente do PMDB foi abordado por passageiros ao desembarcar no aeroporto de Boa Vista (RR).

Jucá é alvo de diversas investigações no Supremo Tribunal Federal. Em agosto, foi denunciado três vezes pela Procuradoria-Geral da República, acusado de envolvimento em irregularidades da Odebrecht, da Transpetro e no âmbito da Operação Zelotes.

Procurada, a assessoria do senador informou que "a agressora já foi identificada" e disse que o senador avalia se tomará alguma medida após o episódio.

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