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1 de maio de 2017

COM MAIS DE 14,2 MILHÕES DE BRASILEIROS DESEMPREGADOS O QUADRO É DESOLADOR

Há pouco o que comemorar neste 1º de maio, Dia do Trabalho. O índice de desemprego, de 13,7%, é um dos maiores dos tempos recentes. Mais de 14,2 milhões de brasileiros estão fora do mercado.

Para grande parte dos trabalhadores, este 1º de Maio será, talvez, um dos piores. As representações sindicais são unânimes na avaliação de que, além das reformas previdenciária e trabalhista, que retiram direitos adquiridos, a sociedade se depara com um Congresso Nacional que deveria sair em defesa do povo, mas está a serviço das elites.

Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o dia será, principalmente, de muitas críticas à terceirização irrestrita (das atividades-fim) nas empresas públicas e privadas, pois o Projeto de Lei 4.302/1998 vai ampliar a desigualdade social. “O governo parece um trem desgovernado. O autoritarismo ocorreu na terceirização e se repete nas reformas trabalhista e previdenciária, ambas deslocadas da realidade porque estão sendo feitas em gabinetes de quem nunca trabalhou”, diz.

Para o sindicalista, esse comportamento tem ares de “vingança dos parlamentares”. “É, definitivamente, o pior 1º de Maio em todos os tempos. Além de uma crise econômica sem precedentes, vivemos uma crise política, ética e moral. O mercado está se aproveitando da fragilidade social para impor as reformas que, com certeza, prejudicarão décadas pela frente”, avalia Miguel Torre, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM).

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