Chefe do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht o chamado “departamento da propina”, por investigadores da Operação Lava Jato, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho afirmou em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que todo pagamento efetuado por sua área eram recursos ilícitos.
Um fortuna de US$ 3 bilhões movimentada entre 2006 e 2014, que corrompeu agentes públicos e financiou partidos e campanhas, no Brasil e no exterior. “Para mim é a mesma coisa, viu, doutor? Propina, caixa 2 e não contabilizado é a mesma coisa”, afirmou Hilberto, ouvido pelo ministro do TSE Herman Benjamin, como testemunha na ação contra a chapa presidencial Dilma Rousseff (PT), presidente, Michel Temer (PMDB), vice, de 2014.
O executivo, que é um dos 78 delatores da Odebrecht cujo acordo ainda está sob sigilo afirmou que US$ 3 bilhões pagos pelo Setor de Operações Estruturadas entre 2006 e 2014 eram para pagamentos de propinas, ou caixa 2 para políticos e campanhas e também em negócios e também para pagamento de bônus não declarados para executivos do grupo.
Nesta sexta-feira, 7, o delator foi ouvido pelo juiz federal Sérgio Moro, dos processos em primeira instância da Lava Jato em Curitiba, em ação penal contra o ex-ministro Antonio Palocci. O petista era o principal interlocutor de Odebrecht, na contabilidade da propina. Identificado como “Italiano” nos arquivos do setor de operações estruturas, ele participou do acerto de repasse de R$ 150 milhõespara a campanha presidencial de 2014 de Dilma.
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