Dois ex-presidentes da República, ex-ministros, senadores, deputados, prefeitos, gestores de estatais, enfim, políticos que têm em comum mais do que a filiação ao mesmo partido. Após comandarem o país por 13 anos, passaram a protagonistas das denúncias, agora conhecidas, no maior acordo de delação premiada dentro das investigações da Operação Lava-Jato. São crimes de corrupção ativa e passiva, caixa dois, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, além de propinas com nome de doação eleitoral.
A maioria desses agora “ex” de seus antigos postos será investigada sem a salvaguarda do foro privilegiado. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou os processos para Justiça Federal do Paraná. Ou seja, a cargo do juiz federal Sérgio Moro, que capitaneia as investigações da operação em primeira instância.
Apesar de as denúncias envolverem quase uma dezena de partidos, o Partido dos Tralhadores (PT) foi quem mais recebeu recursos supostamente ilegais da empresa Odebrecht. Um total de R$ 204,9 milhões. De acordo com os delatores da empreiteira, nessa conta está o dinheiro que irrigou as campanhas eleitorais de Dilma Rousseff e de parlamentares do partido.
O atual relator da comissão especial da reforma política na Câmara, o deputado federal Vicente Cândido, ( Vicentinho PT-SP ), também teria sido beneficiado com caixa dois para a campanha em 2010. Da mesma forma, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) recebeu doações eleitorais para sua campanha à prefeitura de Nova Iguaçu, no Rio. Em troca, a empreiteira teria interesses atendidos no município fluminense.
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