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12 de abril de 2017

PLANALTO ACOMPANHA "LISTA DO FACHIN" PARA EVITAR ADIAMENTO DE VOTAÇÕES

Poucas horas após ser divulgada a informação de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin havia autorizado a abertura de inquérito contra políticos pairou sobre o Palácio do Planalto uma nuvem de fumaça já anunciada.

Dois dos ministros que compõem o núcleo palaciano serão alvo de investigação no STF: o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ministro da Secretaria de Governo, Moreira Franco. Ambos, com outros seis ministros, totalizando praticamente um terço do ministério de Temer, foram mencionados por delatores da Odebrecht e passarão a ser investigados.

A divulgação da lista, embora já esperada, acendeu um alerta no Palácio do Planalto sobre o impacto que a relação de nomes pode ter em votações importantes para o governo, como a reforma da Previdência, que terá o relatório apresentado na próxima semana, e a trabalhista. Além de atingir em cheio ministros do governo, os inquéritos alvejam também integrantes da cúpula do PMDB no Congresso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o relator da comissão especial da reforma da Previdência, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).

Apesar da tensão, interlocutores do presidente Michel Temer buscaram imprimir um clima de naturalidade e mostrar o foco na negociação das medidas importantes. Assessores palacianos também avaliaram que agora é a hora em que as denúncias serão “individualizadas”.

No Palácio do Planalto, Padilha participou à noite de mais uma reunião para tratar das mudanças na Previdência. A participação na reunião confere o clima de normalidade que o governo quer passar. Padilha, ao chegar para a reunião sobre a Previdência, evitou comentar as denúncias.

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