O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que iniciará amanhã o julgamento mais importante de sua história o pedido de cassação da chapa Dilma-Temer é uma corte com pouca tradição em condenar governantes.
Ao longo dos últimos 10 anos, de todos os processos que chegaram à Suprema Corte Eleitoral, apenas três redundaram em cassação: Marcelo Miranda (PMDB-TO), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Jackson Lago (PDT-MA).
Todos esses perderam os mandatos antes de 2010. Da turma eleita em 2014, 12 governadores estão sendo processados, seja ainda em nível estadual (TREs) ou em nível nacional. No TSE, nenhuma condenação.
Uma dessas situações é a do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), que tem uma representação contra ele na mesma corte que poderá cassar o mandato de Temer e tornar Dilma inelegível. Na última quinta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral cassou o mandato do tucano, bem como o do seu vice, Zequinha Marinho, por abuso de poder econômico e político. Ambos podem recorrer ao TSE, o que aumentará as demandas da Corte.
A crítica feita ao tribunal é que, mesmo nos casos em que houve decisão final pela perda de mandato, só foram prejudicados administradores de estados menos influentes do Norte e Nordeste. Nenhum governante de estados de peso, como os localizados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, foram cassados. Tampouco representantes de estados fortes do Nordeste, como Pernambuco e Bahia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário