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19 de dezembro de 2016

GASTO COM A PREVIDÊNCIA SOCIAL TIRA ESPAÇO DA SAÚDE, DIZ GOVERNO

A Previdência responde por 58% das despesas com seguridade social, que somaram R$ 859,2 bilhões no acumulado em 12 meses até outubro deste ano, de acordo com dados apresentados ontem pelo ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira. E a participação vem aumentando.

Em 2000, esse percentual era de 51% e, se tivesse permanecido o mesmo, disse ele, R$ 60 bilhões poderiam ser alocados em outras áreas para o atendimento da população.

Além da previdência, a seguridade inclui saúde e assistência social. “Há necessidade de reforma da Previdência para que ela não continue a tomar espaço de outras áreas da seguridade”, destacou Oliveira, ontem, em entrevista convocada para rebater as crescentes críticas à proposta de reforma previdenciária encaminhada pelo governo ao Congresso.

“Circulam nas redes sociais informações equivocadas de que não há deficit na Previdência”, disse. Segundo o ministro, o objetivo da divulgação dos números foi “enriquecer” o debate sobre a importância da reforma para o equilíbrio fiscal. “Orçamento tem limite. Não dá para trabalhar a partir da suposição de que despesas são ilimitadas”, avisou.

De acordo com os dados do Planejamento, as despesas com a Previdência giram em torno de R$ 500 bilhões por ano. E, de acordo com estimativa do último relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, somente o rombo relacionado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) previsto para este ano é de R$ 152 bilhões, quase o dobro do saldo negativo de R$ 86 bilhões registrado em 2015.

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