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25 de agosto de 2016

SENADO COMEÇA A DECIDIR SE O BRASIL É UMA DEMOCRACIA

Começou, nesta quinta-feira, a fase final do julgamento da democracia brasileira no Senado Federal; caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada sem que tenha cometido crime de responsabilidade, como acusam a imprensa internacional, artistas, intelectuais, juristas e historiadores, o voto no Brasil não terá nenhum valor daqui para a frente.

Eleições poderão continuar a existir, mas nenhum governo eleito terá segurança se não se render à chantagem do parlamento; isso significa que o eventual afastamento de Dilma condenará, para sempre, a democracia brasileira e os votos de milhões de eleitores serão sempre irrelevantes diante dos conchavos no Congresso e das armações oligárquicas brasileiras.

Trata-se de um golpe parlamentar em que a decisão de apenas 54 senadores pode vir a cassar o voto de 54 milhões de eleitores. A esses parlamentares, tudo tem sido prometido no mercado persa aberto pelo interino Michel Temer, de quem se esperava lealdade à presidente eleita, para se manter no poder. É um vale-tudo de uma eleição indireta que transformou o presidencialismo brasileiro num parlamentarismo imposto à força, sem que o povo fosse consultado.

Nada disso deu certo. A mais recente pesquisa Vox Populi revela que 79% dos brasileiros defendem a saída imediata de Temer do cargo para 61% deve haver novas eleições, enquanto 18% querem que Dilma siga até o fim de 2018.

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