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3 de setembro de 2015

DILMA CHAMA LEVY, BARBOSA E MERCADANTE AO PLANALTO PARA TENTAR PACIFICAR A EQUIPE

No dia em que o mercado ficou apreensivo com a possível saída do ministro da Fazenda do primeiro escalão, a presidente Dilma Rousseff convocou Joaquim Levy, nesta quinta-feira (3), para uma reunião no Palácio do Planalto. Além do titular da Fazenda, foram chamados ao gabinete presidente os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

O objetivo da reunião é tentar pacificar a equipe e enfatizar o empenho do governo em perseguir as metas fiscais estabelecidas por Levy. Entre essas ações está o desafio de buscar uma solução para cumprir a meta de superávit primário que ficou praticamente inviabilizada pela proposta de Orçamento enviada ao Congresso nesta semana com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões.

Com isso, Joaquim Levy cancelou a viagem que faria nesta quinta à Turquia para participar da conferência do G-20, grupo de países com as 20 maiores economias do mundo. Ele embarcaria às 16h.

Na manhã desta quinta, enquanto os mercados especulavam em torno da saída de Levy, o dólar voltou a disparar, batendo R$ 3,81. Pivô da mais recente oscilação cambial, o ministro da Fazenda conversou com Dilma. No diálogo, eles decidiram organizar a reunião com Barbosa e Mercadante.

Além de tentar uma pacificação de seus ministros, a presidente tentará reunificar o discurso dos comandantes da economia e do chefe da Casa Civil. Na recente articulação para fechar o Orçamento do ano que vem, ficou claro que o caminho defendido por Levy era o do corte de despesas. Por outro lado, Barbosa, com o apoio de Mercadante, preferiu apostar no aumento de imposto.

Embora não tenha sido o autor da proposta de retorno da CPMF, Levy defende a definição de uma "ponte", para o governo ultrapassar este momento de instabilidade com uma nova forma de arrecadação de tributos. 

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