Maior detentora de títulos do Carnaval do Rio de Janeiro, a Beija-Flor só entrará na Marquês de Sapucaí às 23h40 da próxima segunda-feira (16). Mas seu samba-enredo deste ano, Um Griô Conta a História: um Olhar sobre a África e o Despontar da Guiné Equatorial causou polêmica e ganhou o noticiário internacional antes mesmo de a folia ter início.
Figura mitológica tradicional a muitos países africanos, um griô nada mais é do que um contador de histórias, crucial para a tradição oral do continente. Mas para a imprensa brasileira e de outros países, a história por trás do desfile da escola neste ano ainda está muito "mal contada".
O principal problema seria o financiamento, uma soma entre R$ 5 milhões a R$ 10 milhões, que teriam sido doados pelo presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema. No poder há mais de 35 anos, ele é o líder há mais tempo à frente de um país africano e seu currículo, segundo a ONG Anistia Internacional, acumula uma extensa lista de acusações de violações de direitos humanos, desde execuções extra judiciais, tortura, prisões arbitrárias e repressão violenta a protestos.
De acordo com um ranking da revista Forbes, Obiang seria o oitavo líder mais rico do mundo, com fortuna oficial estimada em US$ 600 milhões (R$ 1,7 bilhão). A população do país, no entanto, é uma das mais pobres da África, e tem acesso a muito pouco da riqueza nacional, originária sobretudo da extração de petróleo.
Um dos menores países africanos, a nação da África Ocidental é composta de duas ilhas e uma parte continental, vizinha a Camarões, e tem população de pouco mais de 700 mil pessoas. Ex-colônia da Espanha, o país integra a lista das 12 nações mais corruptas do mundo, segundo a ONG Transparência Internacional.
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