O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou nesta quarta-feira (17), em sessão da CPI mista da Petrobras, que não responderá a perguntas de parlamentares.
Indagado pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), se aceitaria participar de uma sessão secreta, disse que a sessão "pode ser aberta", mas que não daria declarações.
“Acho que pode ser a sessão aberta, mas permaneço com a mesma posição, de nada a declarar”, respondeu Costa.
Mesmo diante do propósito do depoente de ficar em silêncio, a CPI decidiu que os parlamentares poderiam fazer perguntas. O primeiro a formular questões foi o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS). A todas as seis questões de Maia, Costa afirmou que não tinha nada a declarar ou que se manteria calado.
Após uma intervenção do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que afirmou que não se justificava a manutenção das perguntas diante da disposição do depoente de não responder, os parlamentares iniciaram um debate sobre a conveniência de manter a sessão aberta.
Parlamentares do PT insistiram na sessão aberta a fim de se evitar “versões” do depoimento de Costa. “Não existe sessão secreta neste Congresso Nacional. Tudo o que acontece em sessões fechadas é revelado lá fora”, disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). “A sessão fechada só serviria para a construção de versões. Isso não serve à democracia”, completou a deputada Iriny Lopes (PT-ES).
Por dez votos a oito, a proposta de sessão fechada foi rejeitada pela maioria do plenário da CPI. “O evento de hoje, o do ‘nada a declarar’, vai manchar a imagem deste Congresso Nacional”, disse o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN).
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