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24 de agosto de 2011

MÉDICOS DESTCARTAM "MAL DA VACA LOUCA" EM PACIENTES DO RN

Médicos que atenderam pacientes concedem entrevista


Os médicos do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), além da subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), Juliana Araújo, esclareceram em coletiva de imprensa realizada ontem pela manhã, que dois pacientes internados com uma doença degenerativa, não são portadores do "mal da vaca louca".

Apesar de apresentarem sintomas comuns à moléstia desenvolvida nos animais, como a degeneração cerebral e motora, os pacientes desenvolveram a variante conhecida Doença Creutzfedt-Jakob (vDCJ), ou simplesmente doença priônica. Ela é causada por uma alteração na proteína príon e ataca o sistema nervoso central.

Um potiguar de 42 anos e uma carioca de 31 anos, deram entrada no complexo hospitalar com quadro de demência e contração muscular.

Após exames realizados pela equipe de neurologistas formada pelos médicos João Rabelo, Clécio Godeiro Júnior, Mário Emílio e Carlos Eduardo, constatou-se a suspeita de uma variação da DCJ, diferente daquela que dizimou rebanhos bovinos na Inglaterra nas décadas de 80 e 90. No início dos anos 2000, alguns casos em animais foram notificados na Europa, mas em menor proporção.

O chefe do Serviço de Neurologia do HUOL, João Rabelo, esclareceu que para terem contraído o "mal da vaca louca", os pacientes deveriam ter tido contato com a fonte causadora da doença, o que não ocorreu.

"Os pacientes desenvolveram a doença de forma esporádica. Eles não consumiram carne importada, não receberam transfusão de sangue ou foram transplantados", afirmou João Rabelo. A vDJC é considerada rara e a incidência é de um caso a cada um milhão de habitantes.

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