Médicos que atenderam pacientes concedem entrevista
Apesar de apresentarem sintomas comuns à moléstia desenvolvida nos animais, como a degeneração cerebral e motora, os pacientes desenvolveram a variante conhecida Doença Creutzfedt-Jakob (vDCJ), ou simplesmente doença priônica. Ela é causada por uma alteração na proteína príon e ataca o sistema nervoso central.
Um potiguar de 42 anos e uma carioca de 31 anos, deram entrada no complexo hospitalar com quadro de demência e contração muscular.
Após exames realizados pela equipe de neurologistas formada pelos médicos João Rabelo, Clécio Godeiro Júnior, Mário Emílio e Carlos Eduardo, constatou-se a suspeita de uma variação da DCJ, diferente daquela que dizimou rebanhos bovinos na Inglaterra nas décadas de 80 e 90. No início dos anos 2000, alguns casos em animais foram notificados na Europa, mas em menor proporção.
O chefe do Serviço de Neurologia do HUOL, João Rabelo, esclareceu que para terem contraído o "mal da vaca louca", os pacientes deveriam ter tido contato com a fonte causadora da doença, o que não ocorreu.
"Os pacientes desenvolveram a doença de forma esporádica. Eles não consumiram carne importada, não receberam transfusão de sangue ou foram transplantados", afirmou João Rabelo. A vDJC é considerada rara e a incidência é de um caso a cada um milhão de habitantes.
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