Em seu último dia como presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, se emocionou e chegou a chorar na cerimônia de homologação do acordo de recuperação fiscal do Rio, agradeceu ao presidente Michel Temer pela honra de permitir que ele fizesse essa assinatura e fez uma defesa das reformas e da agenda da Câmara.
"É uma emoção muito grande poder participar desse momento, na defesa do nosso Estado", disse Maia, em cerimônia ao lado de ministros na Sala de Audiências no Palácio do Planalto. Em evento do qual participou mais cedo, nesta terça-feira, quando sancionou projeto de financiamento das Santas Casas, o presidente em exercício também derramou lágrimas. Na cerimônia do acordo com o Rio, Maia disse que é preciso enfrentar "sem demagogia" o problema fiscal brasileiro e defendeu a agenda de reformas.
Segundo ele, é preciso ter coragem de enfrentar a agenda "sem populismo, sem demagogia, sem discursos fáceis e falsos sobre auditoria da dívida publica, sobre devedores da previdência", afirmou, exemplificando que viu uma lista com devedores da antiga Varig. "Como se a gente tivesse condição de recuperar um real da Varig", criticou.
Logo no início do seu discurso, Maia, que tem aproveitado os dias de interinidade para focar em agendas para seu reduto eleitoral, disse que usaria outra tribuna que não a do presidente Michel Temer, já que a tribuna é de Temer "até dezembro de 2018 e devemos respeitá-la como tal".
Maia lembrou a tramitação do projeto de acordo, disse que os deputados tiveram que ceder e recuar para conseguir aprovar o projeto. "Muitos tinham divergências sobre o texto, mas sabíamos que o único caminho possível era a aprovação desse texto", disse, afirmando que o recuo dos deputados foi em defesa do Rio e do Brasil.
O presidente em exercício disse que ninguém quer que os servidores públicos federais cheguem à mesma situação que "infelizmente" estão os servidores do Rio e disse que a agenda da Câmara atualmente tem objetivo de reorganizar o Estado brasileiro. "Nosso papel não é apenas votar as reformas, mas tem também muitos projetos, como a lei de falências", elencou.
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