Páginas

27 de junho de 2017

CONHEÇA OS 8 CANDIDATOS AO POSTO DE JANOT

O novo procurador-geral da República, que assumirá em setembro, quando vence o mandato de Janot, será indicado pelo presidente da República que, atualmente, é investigado pela instituição. Oito subprocuradores se inscreveram para concorrer na eleição interna organizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

Nome apoiado pelo atual procurador geral da República, Rodrigo Janot, Flávio Dino atua como vice-procurador-geral eleitoral. Além de precisar angariar o apoio interno, o maior desafio do vice-procurador-geral eleitoral é nas duas fases subsequentes do que chama de “triatlo”: a indicação do presidente da República e a aprovação do nome pelo Senado. O subprocurador é irmão do governador Flávio Dino (PC do B), opositor do PMDB de José Sarney no Maranhão.

Mario Bonsaglia-Concorreu com Janot em 2015, quando o procurador-geral foi reconduzido. Na época, o grupo ligado a Janot pretendia que ele fosse reeleito por “aclamação”, sem a formação da lista tríplice, mas os demais candidatos rejeitaram a proposta. Nas urnas, Janot obteve 799 votos, seguido de Bonsaglia, com 462. Costuma ser bem votado em eleições internas e pretende se apresentar como um candidato independente.

Ela Wiecko-ex-vice-procuradora-geral da República, deve enfrentar a mesma dificuldade de Nicolao. Com respaldo de parte considerável da carreira, Ela apareceu em vídeo no qual é realizado um ato contra Temer. Ela agrega um eleitorado crítico ao excessivo foco do MPF no combate à corrupção e defende que a instituição também preste atenção em outras áreas.

Raquel Dodge- Raquel também concorreu em 2015 pelo cargo de procurador-geral da República. Chegou a antagonizar com o procurador-geral da República durante debate no Conselho Superior do MPF ao apresentar uma proposta que poderia limitar o grupo de trabalho de Janot. Em entrevista ao Estado, afirmou que 'equipe será convidada a permanecer e será ampliada, porque novos fatos foram revelados e necessitam de uma atuação célere'.

Carlos Frederico Santos- Em 2015, Fred, como o subprocurador é chamado internamente, foi um dos maiores opositores à postura de Janot na função de PGR. Na disputa deste ano, deve manter o tom crítico a atos da administração atua. Para o subprocurador, a atuação da PGR “não tem se demonstrado eficaz” e será necessário uma “mudança na forma de agir, visando a resultados concretos”, uma vez que “divulgar listas não significa condenação dos investigados."

Sandra Cureau- Nas eleições de 2010, como vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra ficou conhecida por postura dura nas representações feitas aos candidatos e críticas a Dilma e Lula. Também entre o grupo que faz oposição a Janot, criticou a concessão de imunidade penal a determinados investigados. “Pessoas que confessam crimes de grande magnitude devem ser punidas", disse ao Estado.

Franklin da Costa- Está no grupo dos que apresentam críticas moderadas à gestão de Janot. Afirmou, em entrevista ao Estado, que a área prioritária de sua gestão continuaria sendo a corrupção e rechaçou uma possível rescisão de acordos de colaboração. Elogiou o trabalho da PGR e a escolha do atual procurador-geral de quem iria atuar no seu gabinete.

Eitel Santiago- É considerado um dos concorrentes que fazem oposição a Janot. Sobre acordos de colaboração premiada e concessão de imunidade penal aos delatores, Eitel admitiu ao Estado que, se for escolhido novo PGR, pode examinar esse tema e "até pedir a retratação de algum acordo". Sobre a operação Lava Jato, disse que as equipes que estiverem trabalhando bem serão mantidas, mas que, se for necessário, fará "mudanças para fortalecer o combate à corrupção."

Nenhum comentário:

Postar um comentário