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28 de abril de 2017

EM MENOS DE QUATRO MESES, RN SOMA MAIS DE 800 HOMICÍDIOS

Em menos de quatro meses, já passa de 800 o número de pessoas assassinadas este ano no Rio Grande do Norte. A média também é assustadora: são 6,7 homicídios por dia. 

Segundo levantamento feito pelo Observatório da Violência Letal Intencional do RN (OBVIO) instituto que contabiliza e analisa os crimes contra a vida no estado nunca se matou tanto. No topo da sangria está Natal. De 1º de janeiro até as 13h desta sexta-feira (28), foram registrados 218 homicídios na capital dos potiguares.

Violência em alta

Ainda de acordo com o OBVIO, os casos de homicídio estão numa ascendência preocupante no estado. Nos primeiros quatro meses de 2016, por exemplo, 605 pessoas foram mortas. Este ano, com a marca de 801 homicídios já contabilizados, significa que o número de mortes cresceu 31,5%.

Além de homicídios dolosos, entram na estatística outros crimes violentos que resultem em morte, como roubo (no latrocínio), estupro ou lesão corporal seguidos de morte. Cadáveres e ossadas encontradas e mortos em confrontos policiais também são considerados.

No estado, a média atual é de 22,64 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2016, neste mesmo período do ano, foi de 17,41. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é considerada aceitável uma taxa de 10 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes mesma escala utilizada pela Organização das Nações Unidas, a ONU.
Cidades mais sangrentas

Em Natal, foram 184 assassinatos entre 1º de janeiro e 28 de abril de 2016. Este ano, no mesmo período, 218 homicídios já foram registrados o que representa um aumento de 18,5%.

Na lista das cidades mais violentas do ano no estado, também preocupam:

Mossoró, com 86 homicídios contabilizados;
Parnamirim (55);
Ceará-Mirim (52).

“A violência marca sua presença contínua em nosso estado. O milagre que vem sendo operado pelos agentes de segurança pública, deixam de acontecer devido à fadiga causada pela sobrecarga de ações criminosas”, comentou Ivênio Hermes, especialistas em segurança pública e coordenador do OBVIO.
G1 RN

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