A senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman (RS), afirmou nesta quarta-feira (13/12) que o partido não vai aceitar "um julgamento sem provas", referindo-se ao processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF-4). "Se for preciso, vamos pra frente do tribunal", completou a petista.
Na terça-feira, a assessoria de imprensa do TRF-4 confirmou que a 8ª Turma da Corte marcou para 24 de janeiro o julgamento do recurso feito pela defesa de Lula contra condenação dada ao petista pelo juiz Sérgio Moro.
Em julho de 2017, Moro condenou o ex-presidente a nove anos e meio de prisão por ter recebido um tríplex no Guarujá (SP) em troca de favorecimentos à construtora OAS. Os advogados de Lula argumentam que ele não é nem nunca foi dono do apartamento e que os procuradores da Lava-Jato não conseguiram provar a posse.
O julgamento do dia 24 é considerado crucial não só para Lula como também para todo o processo eleitoral de 2018. Caso o TRF-4 concorde com o julgamento de Moro, Lula será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e pode até mesmo ser preso, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) admitiu, em outubro de 2016, a prisão de condenados em segunda instância.
Ao discursar, Lula também mencionou o julgamento do dia 24. O ex-presidente e pré-candidato do PT às eleições de 2018 disse que quer concorrer para evitar a prisão e afirmou estar certo de que será inocentado na Justiça. "Eu não vou ser candidato para não ser preso. Serei um candidato inocentado", afirmou.
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