A eterna novela da disputa interna dentro do PSDB teve novos capítulos nesta semana, com a divulgação de um documento pelo Instituto Teotônio Vilela, ligado ao partido, propondo novas diretrizes para a legenda de olho nas eleições de 2018.
No texto Gente em primeiro lugar: o Brasil que queremos, os líderes do PSDB que controlam o instituto, presidido pelo paulista José Aníbal, dizem que é necessário um "choque de capitalismo" no país, propõem novas privatizações e sugerem a cobrança de serviços públicos para o mais ricos. O Estado, dizem não deve ser "nem máximo, nem mínimo, pois esse é um falso dilema", diz o manifesto, que também volta a defender o parlamentarismo como sistema de Governo para o Brasil.
O texto critica o "populismo" das gestões petistas, mas não faz qualquer autocrítica sobre o período em que os tucanos estiveram na Presidência, entre 1995 e 2002, ou nas décadas à frente do Governos estaduais, como o de São Paulo. O documento diz que deve haver "justiça fiscal", com "tributos maiores para os que detêm mais riqueza" e defende que servidores possam ser demitidos por má performance.
O instituto, que diz ter colhido colaborações de especialistas, afirma que se trata de "uma proposta aberta", o começo do debate antes da eleição da nova executiva do partido, mas nem todo mundo ligado à legenda viu assim: "Como pode um partido cuja a marca é a qualidade dos seus quadros técnicos e economistas apresentar um trabalho tão fraco como esse?", disse a economista Elena Landau, ex-diretora de Privatização do BNDES no Governo FHC.
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