Os consumidores de energia terão que pagar R$ 16,431 bilhões para custear gastos com subsídios e programas sociais do governo embutidos na conta de luz no ano que vem. Neste ano, essas despesas tiveram impacto de R$ 13,038 bilhões. Esse aumento deve ter um impacto médio de 2,15% nas tarifas em 2018.
O cálculo foi apresentado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que mostrou nesta terça-feira (31) a proposta de orçamento da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), fundo setorial que é bancado por um encargo que onera as tarifas.
Os subsídios na conta de luz beneficiam diversos grupos de interesse. Na prática, o consumidor residencial paga um valor adicional para permitir que outros possam ter descontos tarifários. Todos os grupos beneficiados têm seus descontos assegurados por lei.
Na proposta apresentada pela Aneel nesta terça, os gastos da CDE vão atingir R$ 17,994 bilhões em 2018, um aumento de 13% em relação aos R$ 15,989 bilhões do ano passado. A maior parte desse valor, R$ 16,431 bilhões, será pago por meio das tarifas.
Parte desse valor, R$ 1,563 bilhão, será pago com recursos próprios do fundo setorial, que tem como renda taxa de uso do bem público (UBP), pago pelos donos de hidrelétricas pelo uso da água, multas e pagamento de empréstimos realizados no passado.
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