O Ministério Público Federal pediu nesta terça-feira (11) o arquivamento de inquérito que apurava denúncia de suposta obstrução de Justiça cometida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato. A Justiça Federal de Brasília ainda não se manifestou sobre o caso.
A denúncia foi feita pelo ex-senador Delcídio do Amaral (MS) em acordo de delação premiada, homologado em 2016. Segundo o procurador Ivan Cláudio Marx, não ficou comprovado no discurso de Delcídio a "existência de real tentativa de embaraço às investigações da Lava Jato.
Para o pedido, Marx ouviu o próprio ex-senador e mais dois colegas --os senadores Edison Lobão (MA) e Renan Calheiros (AL), ambos do PMDB. Eles participaram de uma reunião no Instituto Lula, em São Paulo, no ano de 2015, cujo objetivo, segundo Delcídio, seria impedir o andamento das investigações.
De acordo com a Procuradoria, Lobão e Calheiros negaram qualquer conversa ou tentativa de obstruir a Lava Jato. Marx também anexou no pedido um trecho da oitiva de Delcídio em que ele próprio diz que o objetivo da reunião era "organizar os discursos e oferecer um contraponto”.
Sobre a afirmação de Delcídio, de que o resultado da reunião, na prática, era o de embaraçar as investigações, a Procuradoria concluiu ainda que o delator fez uma "interpretação unilateral" da versão, que não foi confirmada pelos demais participantes do encontro na capital paulista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário