Pixinguinha foi mais que um gênio. O fervor por ele era tanto que o jornalista Fernando Faro, criador do icônico programa Ensaio, da TV Cultura, chegou a afirmar que o músico era um “santo”. Por isso, ele dizia que Pixinguinha morreu dentro de uma igreja em Ipanema durante um batizado, em 1973 (o que realmente aconteceu).
Canonizado ou não, é quase unânime que o instrumentista e compositor é um dos nomes fundamentais para a música brasileira. Na próxima quinta-feira (4), são comemorados 120 anos de seu nascimento.
Além disso, em 2017, Carinhoso, um dos maiores sucessos do compositor, completa 100 anos. A música foi composta em 1917, mas só se tornou popular 20 anos depois, quando o cantor Orlando Silva gravou uma versão (com letra de João de Barro).
“Pixinguinha foi o primeiro continente da nossa música, no século 20. Digo que a música brasileira tem excelentes países, mas apenas dois continentes: ele e Tom Jobim”, afirma o historiador e pesquisador musical André Diniz, autor de Pixinguinha. O gênio e o tempo, uma biografia do músico.
Segundo Diniz, Pixinguinha foi responsável por modernizar e sistematizar parte da música produzida no século 19. “Ele é um grande herdeiro da música do período. Tanto da que era tocada nas ruas do Rio de Janeiro, com forte influência africana, quanto da música de banda e até da música de escola, mais formal”, explica.
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