O Senado define nesta quarta-feira (1º/2) quem comandará a Casa pelos próximos dois anos. Tradicionalmente, a regra da proporcionalidade é respeitada e a maior bancada fica com a presidência. No caso, na confortável posição de ter o apoio da maioria dos partidos, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), citado em delação da Operação Lava-Jato, tem tudo para vencer a disputa. A sessão será aberta pelo atual presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), que assumirá a liderança da bancada, segundo ele, por “aclamação” dos colegas.
Apesar de ser improvável uma derrota de Eunício, o senador José Medeiros (PSD-MT) afirmou ontem que é candidato e garantiu que não vai retirar o nome na última hora, como apostam alguns líderes que o acusam de querer “somente mídia”. Segundo Medeiros, ele atende pedido de movimentos sociais que desejam um presidente que não corra o risco de ser afastado por se tornar réu na Lava-Jato. “A candidatura que está posta é a continuidade de tudo o que está aí. É o momento de o Senado reconhecer onde está doendo e ser radicalmente democrático. Não podemos passar a mensagem para a sociedade de que há um acordo, um combinado em relação a isso tudo”, comentou.
Com lista de propostas que alteram o funcionamento das comissões e votações em plenário e em busca de alguém que se comprometa com elas, Roberto Requião (PMDB-PR), correligionário de Eunício, não descarta a possibilidade de ser candidato: “Eu me coloco como patrocinador da democratização do Senado. Se necessário, coloco meu nome, mas seria uma candidatura de protesto, porque o governo tem maioria absoluta.” Requião também ressaltou preocupação com a Lava-Jato. “Vamos eleger uma Mesa que ficará refém do Supremo, zumbis, mortos-vivos que não poderão contestar nenhuma decisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário