Entre os deputados, a briga pela presidência da Casa fica cada vez mais apertada. Pela primeira vez, o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que estará na disputa. Durante reunião do PMDB, o parlamentar pediu votos e garantiu que registrará a candidatura até o prazo permitido. “Estou aqui hoje pedindo a cada um de vocês a reflexão, o voto, para que, com o presidente Michel Temer, em hipótese nenhuma, haverá da minha parte, como nunca houve, uma relação de hostilidade, mesmo quando a minha opinião seja divergente da opinião do presidente, a minha relação será sempre de harmonia”, afirmou.
Adversários de Maia questionam a candidatura no Supremo Tribunal Federal (STF), por entenderem que se trata de uma reeleição. O STF pode se manifestar hoje sobre a questão. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, em resposta a um mandado de segurança impetrado pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE), havia pedido que Maia se manifestasse.
Em resposta, enviada ontem à Corte, o deputado ressaltou que o Regimento Interno da Casa permite a recondução, que a decisão é uma questão interna, defendeu a autonomia e a independência da Câmara e sugeriu que o Poder Judiciário não intervenha. Cabe agora ao relator da ação, ministro Celso de Mello, decidir sobre a candidatura. Mello pode decidir liminarmente ou encaminhar à análise dos outros ministros. Já André Figueiredo ganhou fôlego ontem. Os petistas, por unanimidade, decidiram abrir mão de uma vaga na Mesa Diretora e apoiá-lo para o cargo. A legenda tem 58 votos.
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