Não é mistério que o governo de Dilma Rousseff deixou grande déficit na economia do país. As grandes questões são: até agora, o que de fato melhorou, piorou ou ficou na mesma.? O impeachment teve grande repercussão pelo mundo. A maneira como tudo aconteceu desagradou países da América Latina e deixou o Brasil malvisto internacionalmente.
A mudança mais sensível até aqui é o aumento do desemprego. Antes, o problema foi combatido aumentando-se o poder de compra. Agora, com benesses para quem contrata. Como crises são cíclicas e pedem mudanças, não demorou para surgirem medidas da equipe econômica para cobrir os rombos financeiros do país. Entretanto, isso nunca é tão simples quanto parece.
Problema zero (isto é, todo governo faz isso): Independentemente da posição política de onde se originam, os métodos de estabilização econômica menos usados no Brasil são os de longo prazo.Traduzindo: Há muitas décadas sofremos com mudanças demais em tempo de menos, nunca tendo um momento exatamente "excelente" que possibilite uma comparação de conjunturas ou algo mais permanente. A Previdência, por exemplo, está sempre em discussão.
A redução do abismo entre classes dos últimos 14 anos foi real, mas hoje se revela mal estruturada para embasar um segundo momento, complementar. O que temos agora, de novo, é um processo de substituição de políticas com remendos. As medidas propostas até aqui, à primeira vista não parecem sair do formato tradicional: escritas para longo prazo, mas que sobrescrevem o que foi feito antes e passíveis de substituição a qualquer momento.
Ou seja: em essência, o que permanece é a total desconfiança de quem movimenta a economia em todos os níveis - patrões, empregados, ricos, pobres. A fragilidade e o frequente mau uso das instituições brasileiras criaram uma barreira entre a possibilidade de resultados duradouros e confiança necessária para chegar lá. E economia tem a ver com confiança: do mercado, que decide se investe ou cai fora, por exemplo.
Com tanta instabilidade acumulada ao longo de décadas, a economia do Brasil pode até sair da crise, mas não da lógica de que quem tem, prefere guardar. Quem não tem, busca de qualquer forma pra guardar.
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