Manifestantes foram às ruas em todo o país contra a tentativa do Congresso de desmontar pacote do Ministério Público de combate à corrupção. E os principais alvos dos atos ao longo do dia de ontem ( Domingo) acabaram sendo os presidentes da Câmara e do Senado.
A votação das 10 Medidas de Combate à Corrupção, na calada da noite, fez com que milhares de pessoas saíssem às ruas no domingo (04/12) para pedir o afastamento do presidente do Senado, o peemedebista Renan Calheiros.
Gritando palavras de ordem, manifestantes de mais de 200 cidades declararam apoio à Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, e repudiaram a emenda ao projeto que pune promotores e juízes por abuso de autoridade. Os protestos de ontem deixaram claro que Calheiros substituiu o papel de algoz, até então atribuído a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e atingiram também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
As manifestações populares preocupam o andamento de votações importantes no Congresso Nacional. Calheiros afirmou que manifestações são legítimas e, quando ordeiras, devem ser respeitadas. O peemedebista relembrou o ano de 2013, quando o Senado votou 40 propostas contra a corrupção em menos de 20 dias.
Os atos foram organizados pelos movimentos “Vem Pra Rua” e “Movimento Brasil Livre” (MBL), dois dos principais organizadores dos protestos a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Convocados pelas redes sociais, mais de 131 mil pessoas confirmaram presença na página do evento. O Rio de Janeiro recebeu 600 mil pessoas, nos cálculos dos organizadores. Cidades como Curitiba e Belo Horizonte tiveram um público menor, cerca de 40 mil e oito mil, respectivamente, de acordo com as organizações.
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