Já vestida com camiseta branca, calça caqui, chinelo de dedos e as mãos para trás, Elize Matsunaga ouviu a sentença dada pelo juiz Adilson Paukoski, às 2h07 desta segunda-feira (5/12).
Depois de um julgamento que durou sete dias, a bacharel em direito foi condenada a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão em regime fechado, pela morte do marido, Marcos Kitano Matsunaga, diretor da Yoki alimentos, em 19 de maio de 2012.
julgamento, iniciado na segunda-feira (28/11), ocorreu no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista. Foi um dos mais longos da Justiça de São Paulo. O júri foi formado por quatro mulheres e três homens. Eles ficaram reunidos por mais de 2h30 para definir o julgamento.
Elize recebeu pena de 18 anos e 9 meses por homicídio sem chances de defesa da vítima, e mais 1 ano, dois meses e 1 dia por destruição e ocultação de cadáver. Os jurados não consideraram as qualificadoras "motivo torpe" (por vingança e dinheiro) e "meio cruel" (que a vítima ainda estaria viva quando foi esquartejada), pedidas pela promotoria. Elize já cumpriu 4 anos e meio de prisão antes do julgamento.
A defesa deve recorrer da sentença. O requerimento para tal ação já foi assinado pela ré confessa. A promotoria afirmou que não deve recorrer. Elize deve voltar ainda hoje para o presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba, onde está presa desde 4 de junho de 2012.
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