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27 de dezembro de 2016

CONTAS PÚBLICAS TÊM ROMBO DE R$ 39,1 BILHÕES EM NOVEMBRO, RECORDE PARA O MÊS

As contas do setor público consolidado, que incluem o governo federal, os estados, os municípios e as empresas estatais, registraram em novembro um rombo de R$ 39,1 bilhões, informou nesta terça-feira (27) o Banco Central. Esse déficit é o maior para meses de novembro dentro da série histórica do BC, que começa em 2001.

No mês passado, o governo federal teve déficit (despesas maiores que receitas) de R$ 39,9 bilhões, mas os governos regionais e as empresas estatais registraram superávit (receitas maiores que despesas) de R$ 421 milhões e R$ 314 milhões respectivamente.

No acumulado de janeiro a novembro de 2016, o rombo nas contas do setor público consolidado atingiu R$ 85,1 bilhões. Esse déficit primário também é recorde para o período dentro da série histórica do BC, que começa em 2001. No mesmo período de 2015 houve déficit, mas bem menor: R$ 39,5 bilhões.

Já no acumulado de 12 meses até novembro, o déficit primário chega a R$ 156,8 bilhões, o equivalente a 2,50% do Produto Interno Bruto (PIB). Em relação a outubro, houve aumento de 0,30 ponto percentual.

Os valores dos déficits de novembro e dos 11 primeiros meses do ano não incluem os gastos com pagamento de juros da dívida pública. O fraco desempenho das contas públicas se deve à recessão da economia brasileira, que tem reduzido as receitas da União com impostos.

Segundo o chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Renato Baldini, a projeção é que a dívida líquida do setor público consolidado feche 2016 em 46,7% do PIB, a dívida bruta deve chegar a 71% do Produto Interno Bruto e o déficit nominal acumulado em 9,3% do PIB.

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