A tentativa de golpe de estado que abalou a Turquia na noite de sexta-feira (15) fracassou, segundo anúncio do general Ümit Dündar, chefe interino das Forças Armadas do país. Ele afirmou que 104 golpistas foram mortos em confronto com as forças leais ao governo. Além disso, 1.563 militares foram detidos.
O general também confirmou que, do outro lado, 90 pessoas morreram 41 policiais, dois soldados e 47 civis, qualificados de mártires pelo chefe militar. Há mais de 1000 feridos dos dois lados. Segundo ele, o golpe foi derrotado graças a uma solidariedade total entre o presidente, o primeiro-ministro e as forças armadas leais ao governo. O ministro do Interior ordenou a destituição de cinco generais e 29 coronéis.
Ele definiu a manobra militar como traição e garantiu que os responsáveis pela tentativa de golpe pagarão judicialmente pelo que fizeram. Erdoğan culpa um antigo aliado, Fetullah Gülen hoje exilado na Pensilvânia, nos EUA de orquestrar o complô. Gülen negou qualquer conexão e condenou o golpe.
Até o momento, 1563 pessoas foram presas na tentativa de golpe militar que tomou conta das ruas, escritórios oficiais, prédios governamentais nas 80 províncias da Turquia por volta 23h da noite de sexta-feira pelo horário local (22h em Paris). O que se sabe até agora é que se tratou de uma ação de um grupo minoritário do Exército. O primeiro-ministro, Binali Yıldırım, minimizou o movimento como “levante”.
Mortos e feridos
No total, mais de 200 pessoas morreram. Entre as vítimas fatais, estão 17 policiais assassinados por militares que invadiram o Departamento de Forças Especiais, na capital turca, dois funcionários da rede de satélite Türksat durante invasão, na mesma cidade, e 16 soldados que tentavam assumir o posto de quartéis de polícia em todo o país. Cerca de 50 soldados que fecharam as pontes que cruzam o Bósforo, em Istambul, renderam-se.
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