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6 de julho de 2016

EM DEFESA, DILMA APONTA “FARSA JURÍDICA E POLÍTICA”

O ex-ministro José Eduardo Cardozo, que advoga pela presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, lê nesta quarta-feira 6 a defesa de Dilma por escrito na comissão do impeachment no Senado.

"Jamais desviei um centavo do patrimônio público para o meu enriquecimento pessoal ou de terceiros", afirmou a presidente no documento lido por Cardozo aos senadores. "O que mais dói é perceber que sou vítima de uma farsa jurídica e política", acrescentou.

O presidente do colegiado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), deu por encerrada nesta quarta a etapa de produção de provas e confirmou que o colegiado só voltará a se reunir no dia 2 de agosto, para ouvir a leitura do relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Os trabalhos foram abertos com desentendimentos entre os senadores, depois que Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirmou que novamente o direito de ampla defesa está sendo garantido à presidente, visto que "o momento de se ouvir o réu é insubstituível".

"Não há previsão processual legal de o advogado ler uma carta do réu no momento do testemunho. Não existe precedente. Ela não comparece por razão simples: não poderia responder uma série de perguntas. Não veio porque não teve condições de vir, portanto é sim um gesto de benevolência para com a defesa", afirmou.

Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdo-B) protestaram. Lindbergh afirmou que o julgamento do impeachment é um "jogo de cartas marcadas", com prevalência de questões políticas.

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