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24 de maio de 2016

STF SÓ TEM UMA SAÍDA: ANULAR O IMPEACHMENT

No dia 11 de maio deste ano, o então ministro José Eduardo Cardozo tentou uma liminar para suspender o impeachment da presidente Dilma Rousseff, alegando que o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia agido com "desvio de finalidade" ao abrir o processo.

Seu objetivo seria promover uma troca de governo para que pudesse se safar da Lava Jato, alegava Cardozo. Teori negou a liminar, apontando que não seria possível comprovar as motivações de Cunha naquele instante. A questão seria, portanto, de natureza subjetiva. No entanto, nesta segunda-feira, o que era subjetivo se tornou cristalinamente objetivo.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos braços direitos do presidente interino Michel Temer, confessou que o impeachment nada mais foi do que uma tentativa de uma elite corrupta de deter a Lava Jato.

Para "parar essa porra" e "estancar a sangria", seria preciso retirar a presidente Dilma Rousseff do poder, colocando no poder o vice-presidente Michel Temer e o mais grave, segundo Jucá, é que esse acordão envolveria até integrantes do Supremo Tribunal Federal.

Agora, diante dessa bomba atômica, os integrantes têm uma única saída: anular um processo de impeachment aberto na Câmara por razões espúrias e aprovado no Senado para deter a Lava Jato, num escândalo que envergonha o Brasil diante do mundo.
 

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