O ex-marqueteiro do PT João Santana, a sua esposa, Monica Moura, o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e dono do jornal "Diário do Grande ABC" Ronan Maria Pinto foram transferidos na manhã desta terça-feira (3), por volta das 10h, da carceragem Polícia Federal no Paraná, em Curitiba, para o Complexo Médico Penal, presídio estadual em São José dos Pinhais, região metropolitana. Monica ficará em uma ala feminina no CMP. Presos nas últimas fases da Operação Lava Jato, os quatro suspeitos foram transferidos por ordem do juiz federal Sergio Moro.
Detidos em fevereiro, Santana e Mônica tornaram-se réus em duas ações da Lava Jato na última sexta-feira (29) e passaram a responder por crimes como corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro em mais dois processos da Operação Lava Jato. Ronan foi preso preventivamente no dia 1º de abril e Argello no último dia 12.
Conforme as investigações da Polícia Federal apontaram que o ex-senador, integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no Senado e também da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instaurada no Congresso Nacional, estava envolvido em tentativa de barrar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento, mediante a cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação.
Sobre Ronan, as investigações apontam que ele teria recebido R$ 6 milhões em troca da não publicação de supostas informações que ligariam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho à morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT).
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