O presidente do Solidariedade e principal aliado de Eduardo Cunha (PMDB), o deputado Paulo Pereira da Silva (SP) disse na manhã desta quinta-feira, 5, que o grupo de líderes aliados de Cunha chegou a cogitar o não cumprimento da decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu o mandato do presidente da Câmara e o afastou do cargo por estar atrapalhando a própria investigação no conselho de ética.
"Esse é o drama dos quase 200 deputados e senadores que são processados pelo Supremo. Estamos discutindo o que fazer. Estamos todos revoltados. Estamos discutindo até não cumprir a decisão do Supremo", disse o deputado, que é réu por corrupção, acusado de ter desviado recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele e outros líderes de bancadas na Câmara vão voltar a se reunir à tarde par tratar da crise política que se instalou na Câmara com a suspensão do mandato de Cunha.
No início da manhã, Paulinho da Força visitou Eduardo Cunha na casa da Presidência da Câmara. Réu em ação penal por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional, Paulinho foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, que investigou desvios de recursos do BNDES. Ele teme ter o mesmo fim do seu parceiro de golpe.
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