A defesa do publicitário João Santana e de sua mulher e sócia Monica Moura pediu ao juiz federal Sérgio Moro revogação da prisão temporária do casal. Eles foram presos quarta-feira (24) na Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato. Na sexta (26), Moro prorrogou a temporária por mais cinco dias, prazo que vence na quinta-feira, (3).
Em petição de cinco páginas, protocolada nesta quarta-feira (2) na Justiça Federal do Paraná, os criminalistas Fábio Tofic Simantob e Débora Gonçalves Perez apontam dez motivos ‘que exigem a imediata colocação em liberdade’ de Santana e Monica. “Eles fogem completamente ao perfil de investigados na Operação Lava Jato. Não são nem nunca foram funcionários públicos, não têm nem nunca tiveram contratos com o poder público, não são nem nunca foram operadores de propina ou lobistas.”
“São empresários de renome do marketing político brasileiro e internacional, e, se cometeram algum pecado, foi o de receber recursos lícitos, fruto de trabalho honesto, em conta não declarada no exterior, crime que, nem mesmo neste egrégio Juízo, costuma sujeitar o réu ao cumprimento de prisão antecipada”, argumentam os defensores.
Moro mandou prender o ex-marqueteiro de Lula e Dilma nas campanhas de 2006, 2010 e 2014, por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O primeiro motivo citado pela defesa reside nesse ponto. “O único delito que pode, em tese, lhes ser imputado é o de não declararem conta no exterior.”
A petição entregue ao juiz da Lava Jato aponta, ainda, que João Santana e Monica Moura ‘prontificaram-se a assinar, como já o fizeram com relação a uma das contas, todo e qualquer documento necessário à imediata remessa das informações bancárias pelas instituições estrangeiras’.
Nenhum comentário:
Postar um comentário