As investigações da Operação Lava Jato apontam que diversos partidos teriam recebido propinas decorrentes de desvios da Petrobras.
A força-tarefa da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, além do próprio juiz federal Sergio Moro, já apontaram, porém, que casos de corrupção nesta e em outras estatais devem ser registrados há mais anos que o PT está no poder.
Um dos partidos também envolvidos, além de PT, PMDB e PP, seria o próprio PSDB. Em depoimento, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco citou, por exemplo, que havia desvios na Petrobras desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2001).
Em nota, o PSDB afirma que sempre apoiou as investigações decorrentes da operação Lava Jato. Quanto às citações de políticos tucanos no caso, o partido afirma que são “tentativas de nivelar por baixo a política brasileira”. “Todas essas citações vêm sendo desmentidas e os procedimentos referentes a elas serão arquivados por absoluta improcedência, como já ocorreu em relação ao senador Antonio Anastasia”, complementa a nota.
Em depoimento, o doleiro Alberto Youssef informou que, durante o governo tucano, entre 1994 e 2001, PP e PSDB dividiam cargos na direção de Furnas, estatal do setor elétrico. Youssef disse ter acompanhado, em 2002, a cobrança de uma dívida da Camargo Correa pelo PP, mas que “alguém do PSDB” já teria recebido o valor. O doleiro ressaltou não saber de quem se tratava, mas que tomou conhecimento de que quem teria influência em Furnas seria o então deputado federal Aécio Neves, que receberia recursos por meio de sua irmã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário