Passados cem anos da grande seca de 1915, o sertão nordestino ainda sofre com a falta de chuva. A região está no quarto ano de estiagem intensa.
Os açudes e barragens estão em níveis baixos, as cisternas instaladas nas casas das famílias de baixa renda, que ajudam a aliviar a falta de água, já não são suficientes para o abastecimento.
Na zona rural, no entanto, as famílias lamentam a baixa produção de milho e feijão que, este ano, serviu no máximo para consumo próprio. Entre os muito pobres, o Bolsa Família é a única renda fixa mensal. A seca devasta as plantações e obriga famílias a buscarem água em cacimbas e poços distantes de casa.
Na maioria das casas do interior nordestino, não há água encanada. A cisterna instalada pelo governo está praticamente vazia. A maioria dos agricultores recebe R$ 194 mensais do Bolsa Família para sustentar o casal e os filhos.
A cada dois meses, gasta R$ 50 com um botijão de gás. A conta de luz agora inventaram a bandeira vermelha, dobrando o valor que era cobrado anteriormente. Daqui a pouco, o dinheiro vai todo para pagar o gás e energia.
Assim está vivendo o agricultor nordestino. Cansando de esperar ajuda dos governos federal estadual, que nunca chega, a ele só resta uma saída, abandonar o campo e partir em busca da cidade grande para não morrer de fome. A seca já devastou todo o seu rebanho bovino e caprino, devendo ao banco sem poder pagar, agora não lhe resta outra caminho a não ser o de fugir da seca, deixando tudo pra trás.
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