Os oito presos da 14ª fase da Operação Lava Jato, entre eles os presidentes das construtoras Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, e Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, foram transferidos na manhã deste sábado 25, por volta das 10h, para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, determinou a transferência atendendo pedido da Polícia Federal. O pedido de transferência dos 8 presos da Operação Erga Omnes, como foi batizada a 14ª fase da Lava jato, seria porque o espaço da custódia da superintendência da PF, em Curitiba, é pequeno.
No Complexo, para onde foram levados os executivos na manhã deste sábado, não há chuveiro individual, ou seja, o banho é coletivo. E o vaso sanitário é o chamado 'boi', um buraco no chão - o preso tem de ficar de cócoras, sentado sobre os calcanhares. As celas do presídio são "no mínimo 80% maiores" que as mais amplas celas da Superintendência da PF na capital paranaense. As visitas podem ser realizadas às sexta feiras, "no período vespertino, no pátio do complexo".
O juiz Sérgio Moro concordou com os argumentos do delegado federal Igor Romário de Paula, que "a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos". Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo estão presos desde 19 de junho. Nesta sexta-feira, todos foram denunciados formalmente pelo Ministério Público Federal. Seus advogados afirmam que eles não têm envolvimento com o esquema de corrupção instalado na Petrobrás.
O Complexo Médico-Penal já abriga outros investigados e réus da operação, como o ex-diretor de Serviços Renato Duque, o lobista e operador de propinas do PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, e os ex-deputados André Vargas (ex-PT, hoje sem partido) e Pedro Corrêa (ex-PP).
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