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25 de julho de 2015

EXECUTIVO DA OAS PODE CITAR LULA EM DELAÇÃO PREMIADA, DIZ REVISTA

O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, que na última década foi responsável pelas relações institucionais da empreiteira com as principais autoridades de Brasília, teria autorizado seus advogados a negociar com o Ministério Público Federal um acordo de delação premiada para contar o que sabe sobre a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo da Petrobras, diz a matéria de capa da revista Veja desta semana

Amigo de Lula, Pinheiro estaria com medo de voltar à cadeia, depois de passar seis meses preso em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem e desvio de dinheiro da estatal petrolífera.

De acordo com a revista, Pinheiro prometeu fornecer provas de que Lula patrocinou o esquema de corrupção na estatal, como afirmou o doleiro Alberto Youssef em depoimento no ano passado, se comprometeu a fornecer aos procuradores a lista de despesas da família de Lula bancadas pela OAS e disse ter conhecimento de como Lulinha, Fábio Luis da Silva, fez fortuna, com atuação na órbita de influência da construtora. De acordo com fonte não informada, ele pretende se valer da lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff - a delação premiada - para reduzir drasticamente sua pena em troca de informações.

"Depois que o Léo falar, não tem como não prender o Lula. Ou se prende Lula, ou se desmoraliza a Lava Jato", diz a revista, citando um interlocutor do executivo. De acordo com a reportagem, a OAS foi a empreiteira que socorreu Lula quando a ex-chefe do escritório da Presidência da República Rose Noronha, demitida após ter sido apontada pela Polícia Federal por tráfico de influência no governo, ameaçou delatar seu beneficiário caso não fosse ajudada financeiramente. E foi o executivo também quem cunhou para o ex-presidente petista o codinome de "Brahma".

Além da ajuda financeira no caso de Rose Noronha, a revista diz que a OAS teria doado à família de Lula uma cobertura tríplex no Guarujá e teria assumido, a pedido do ex-presidente petista, obras em imóveis da cooperativa de bancários de São Paulo, comandada por João Vaccari Neto, que mais tarde viria a se tornar tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT).

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