O quadro de instabilidade política e de pessimismo econômico deve continuar e deve se estender para 2016, segundo o diagnóstico das lideranças políticas mais moderadas do Congresso Nacional. Isto foi dito ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva durante sua viagem a Brasília.
Lula teve reuniões com as bancadas do PT na segunda (29) e nesta terça-feira (30) tomou café da manhã na residência oficial do Senado Federal com Renan Calheiros e outros líderes.
Para os políticos presentes, somente um grande acordo ou pacto, inclusive com a participação de setores da oposição, poderá resolver a crise política e econômica. A frase foi na linha contrária do que foi defendido pelo próprio Lula no dia anterior. O ex-presidente defende uma reação radical e coletiva dos parlamentares aos ataques da oposição.
Lula ouviu que um clima favorável a reformas estruturais só ocorrerá se houver um agravamento ainda maior da crise. Estas impressões vieram de lideranças mais insatisfeitas da base de apoio do governo, principalmente do PMDB. A situação da presidente Dilma Rousseff, que tinha melhorado um pouco, voltou a piorar nos últimos dias e o clima negativo retornou ao dos primeiros meses do ano. Novas revelações da operação Lava Jato, as respostas da presidente, e a piora na economia alimentam as dificuldades neste difícil segundo mandato. Nas reuniões foram feitas muitas críticas ao modo de governar da presidente.
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