Com dificuldades para impor sua agenda mesmo diante de um governo federal enfraquecido, o PSDB vai renovar sua Executiva Nacional no próximo mês buscando superar uma espécie de crise de identidade pela qual passa e saídas para conseguir estruturar um discurso para as eleições municipais de 2016.
Embora comemorem a deterioração da imagem do governo Dilma Rousseff e do PT, setores do PSDB admitem que ainda falta à legenda mecanismos para poder capitalizar a insatisfação dos eleitores. Internamente há também cobranças para se “decodificar” o discurso apresentado pelos tucanos e críticas à falta de uma postura mais clara em temas que envolvem o dia a dia da sociedade.
Recentemente, posições da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados foram alvo de ataques de tucanos históricos por contrariar decisões antigas do partido - principalmente o apoio ao fim da reeleição e a flexibilização do fator previdenciário, instituídos no governo presidencial de Fernando Henrique Cardoso, além de outras votações da reforma política e do ajuste fiscal.
Integrante do grupo mais próximo de Geraldo Alckmin, o deputado Silvio Torres (SP) defende que a nova Executiva do partido realize um trabalho para estar “sintonizada” com as reivindicações das ruas.
Recondução. O atual presidente da sigla, senador Aécio Neves (MG), será reconduzido ao cargo em uma cúpula que será reforçada pela ala paulista. Torres deve ocupar a secretaria-geral do PSDB na convenção nacional da legenda em julho. O posto é considerado o segundo cargo na hierarquia tucana, abaixo da presidência.
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