A derrota do Palácio do Planalto na eleição, ainda em primeiro turno, de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara causou a primeira baixa na articulação política do governo federal.
Sob pressão do campo majoritário do PT e ciente que o quadro de isolamento de seus aliados no Legislativo era crítico, a presidente Dilma Rousseff substituiu o deputado Henrique Fontana (PT-RS) da liderança do governo na Câmara e escalou para o posto o também petista José Guimarães (CE).
A avaliação no Planalto é de que a situação de Fontana não tinha como permanecer no cargo, uma vez que ele fora barrado pelo próprio Eduardo Cunha. Durante a campanha, o peemedebista chamou o petista de “fraco” e “desagregador” e anunciou que nem ele nem o PMDB o reconhecia mais como interlocutor do governo.
Mais pragmático e do campo majoritário do PT, o mesmo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Guimarães foi escalado para tentar uma reaproximação com Cunha, considerado um desafeto de Dilma. Na manhã de ontem, procurou o novo presidente em seu gabinete e, logo após ser confirmado na liderança, teve uma nova reunião com ele.
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