Com ou sem definição da eleição no próximo domingo 5 seja em caso de vitória em 1º turno da presidente Dilma Rousseff, o que, segundo projeções, pode ocorrer, ou pela passagem dela para o 2º turno com perto de 70% de chances de se eleger, de acordo com a consultoria internacional Eurasia – já se conhece ao menos um fato político importante: a candidata do PT à reeleição ficou maior que o próprio PT.
O atual quadro com Dilma liderando as pesquisas em São Paulo e no Rio de Janeiro, enquanto o partido patina com seus candidatos a governador, respectivamente, em amargos terceiro e quarto lugares, é um retrato ponto e acabado da força que vai sendo amealhada pela presidente. Tanto o ex-ministro Alexandre Padilha como o senador Lindbergh Farias deveriam, a princípio, puxar votos para Dilma. Mas, na prática, essa teoria é outra.
Acreditava-se, especialmente em relação à eleição paulista, que Padilha poderia repetir a performance do atual prefeito Fernando Haddad e, como novidade na disputa, empolgar o eleitorado. Mas não é isso o que se assiste em todos os levantamentos, até aqui, feitos por institutos como o Datafolha e o Ibope.
Em lugar de ser Padilha, ungido pelo ex-presidente Lula, o cavalo de votos para Dilma, é a escalada dela nas pesquisas que levou o candidato, a cinco dias do encerramento da peleja, finalmente ultrapassar a barreira dos 10% no Datafolha.
No Rio, a presidente nunca escondeu seu incômodo com a candidatura de Lindbergh. O senador precisou se escudar em Lula para garantir-se na disputa. Apesar de todas as manobras de bastidores, ele não obteve o aval da presidente e jamais cresceu nas consultas populares. De terceiro colocado durante toda a eleição, se vê agora numa inútil quarta posição nas pesquisas, ultrapassado pelo governador Pezão, que chegou à ponta. Nesse caso em particular, Dilma se sai duplamente vitoriosa.
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