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2 de julho de 2013

MEDIDAS ANUNCIADAS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE SÃO ELEITOREIRAS

Presidente do Conselho Federal de Medicina,
Roberto Luiz d'Avila

A vinda de médicos de fora do país seria necessária, segundo o ministro da saúde, Alexandre Padilha, porque a ampliação de vagas não será suficiente para suprir a demanda por médicos.

O argumento é refutado por Geraldo Ferreira, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). "Nós temos, por ano, 16.000 médicos sendo lançados no Brasil. Até 2014, então, teremos 32.000 novos médicos.

Nós sabemos que, constitucionalmente, é permitido ao médico ter dois vínculos de trabalho, então, se multiplicarmos 32.000 por 2, teríamos médicos suficientes para ocupar 64.000 postos de trabalho. Não há insuficiência para que seja necessário contratar médicos estrangeiros."

Já Roberto Luiz D’Ávila, do CFM, mostrou-se apreensivo com as condições das vagas de residência que serão criadas. "Eu fico muito preocupado quando um ministro anuncia 12.000 vagas de residência. Onde e em que condições serão criadas? E a Comissão Nacional de Residência Médica, na qual o CFM tem assento? Eles vão passar por cima dela? A Comissão não vai avaliar os serviços para dizer se são bons ou não?”, questiona.

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