O ex-presidente Lula ao lado do presidente nacional da
CUT, Vagner Freitas (Foto: Letícia Macedo)
“Esses dias eu estava lendo o livro do Lincoln. Eu fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860. Igualzinho batem em mim. E o coitado não tinha nem computador. Ele ia para telex [para responder]”, afirmou.
Lula, que foi um dos articuladores da criação da central nos anos 80, sugeriu que a CUT siga o exemplo da TVT, criada no ABC pelo sindicato dos metalúrgicos.
“Eu não vivo reclamando do espaço que eles [mídia] não me dão. Eu agora quero reclamar o que falta eu fazer para ter o espaço que eu quero independentemente deles”, afirmou a uma plateia composta por sindicalistas e ex-presidentes da CUT, reunidos em um hotel no Centro de São Paulo, que unifiquem os seus meios comunicação.
Autonomia
Ao longo do discurso, de quase meia hora, Lula elogiou a trajetória da CUT. Ao se referir a gestão de Jair Meneguelli, primeiro presidente da central, também presente à cerimônia, ele disse que naquele tempo ser radical “era necessário”.
Lula ainda defendeu que a central se mantenha autônoma e propositiva.
“Vocês não devem favor ao governo. A relação deve ser a mais plural, a mais democrática e a mais autônoma possível. Se vocês virarem dirigentes sindicais chapa branca não vale a pena”, afirmou. Ele também sugeriu que a CUT crie um departamento para apoiar os movimentos sociais e, assim, fortalecê-los.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o Secretário-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, também participaram do encontro. Lula participou apenas da abertura do evento e deixou o hotel sem conceder entrevista coletiva.
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