Maria Luiza - Foto /João Maria Alves
As denúncias enviadas ao MP apontam que Thiago Pereira costumava assediar a vítima no intuito de ter relações sexuais com ela. "As investigações mostram que desde o início a motivação do crime teve o enfoque sexual, ou seja, os acusados nutriam um desejo não correspondido pela vítima", frisou o delegado Laerte Jardim ressaltando o apoio do MP que ajudou nas investigações.
Mas diante das constantes recusas de Maria Luiza ele, juntamente com seu comparsa, a seqüestraram, estupraram e assassinaram. "Os depoimentos testemunhais, provas documentais e o vasto material pericial foi decisivo para a conclusão desse caso", revelou o Promotor de Justiça, Jovino Pereira, que acompanhou e participou das investigações. Mais de cem pessoas foram ouvidas durante o processo investigativo.
De acordo com as investigações feitas pela Polícia Civil, na noite de 21 de abril de 2009, por volta das 19h30, a estudante foi raptada pelos acusados quando trafegava na Av. Capitão Mor Gouveia, bairro Bom Pastor, e depois levada, num veículo Gol, cor branca, para a casa de Kleisson Silva, no conjunto Jardim América, local onde os abusos sexuais teriam sido praticados, além agressões e o homicídio. Em seguida, eles transportaram o corpo da adolescente até um lixão, onde a enterraram após maltratar o cadáver. Vestígios de sangue foram inclusive encontrados na casa do acusado, conforme laudos periciais.
Insatisfeitos com a reação da vítima, os denunciados a mataram por esganadura com uso das mãos e vestes que retiraram da adolescente. Na mesma noite, os denunciados teriam transportado o cadáver de Maria Luiza até um lixão num morro situado na rua da Fé, conjunto Jardim América, onde introduziram um galho na vagina que perfurou o útero e as alças intestinais) e ocultaram.
Segundo o delegado Laerte Jardim, os suspeitos chegaram a coagir testemunhas durante o processo. "Temos informações de que houve ameaça às testemunhas e que inclusive eles chegaram a obrigá-las a mentir em seus depoimentos", acrescentou. Kleisson chegou a sair do estado logo após o crime, indo morar na Paraíba e depois no Ceará.
Os assassinos foram indiciados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, seqüestro e cárcere privado, roubo qualificado, estupro, vilipendio de cadáver e ocultação de cadáver. Caso sejam condenados às penas máximas eles poderão ser sentenciados a mais de 60 anos de prisão.
Os dois acusados estão presos na Cadeia Pública de Nova Cruz, onde já respondem por outros crimes. Thiago Felipe responde a processos por homicídio, porte de munição e posse de drogas, enquanto Kleisson já responde por furto e crime de violência doméstica. A Polícia Civil e o MP apontam ainda a participação de pelo menos outras duas pessoas no crime, mas os detalhes não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.
Com informações da Degepol
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