A pré-candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à Presidência da República pode ter minado as chances de o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, receber o apoio do MDB. Embora o auxiliar do presidente Michel Temer agrade a caciques do partido, e a filiação dele à legenda seja bem-vista, a avaliação atual de emedebistas em relação à corrida eleitoral é outra. Com partidos do centrão apoiando o presidente da Câmara dos Deputados, e não o chefe da equipe econômica, alçá-lo como candidato governista se tornou uma tarefa difícil.
O cenário já era conturbado para Meirelles. O PSD, atual partido do ministro, vai apoiar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Sem apoio dentro da legenda, ele se aproximou do MDB. A boa gestão fiscal à frente da Fazenda e o bom diálogo com o mercado financeiro renderam elogios do presidente nacional emedebista, senador Romero Jucá (RR). Mas a articulação pelo DEM de uma base de apoio com PP, PRB, PSC, PHS, PR, Solidariedade e Avante leva a sigla a rever os planos em relação a uma pré-candidatura de Meirelles.
“A convenção do DEM (na quinta-feira) mostrou várias lideranças procurando Maia para prestar apoio e costurar uma aliança. A mesma aproximação não deram a Meirelles. Isso atrapalha muito a pré-candidatura dele pelo MDB”, sustentou um líder do partido. Para um pré-candidato ser lançado, o emedebista sustenta que é necessário vontade, apoio do partido, e condição política. “Das três situações, ele praticamente conta apenas com o desejo”, acrescentou.
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