O presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), Orlando Diniz, foi preso preventivamente, na manhã desta sexta-feira, por agentes da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) na Operação Jabuti, desdobramento da Calicute, a Lava Jato no Rio. Esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Fecomércio tinha o aval de Sérgio Cabral, que também será denunciado pelos crimes.
Plínio José de Freitas Travassos Martins, Marcelo José Salles de Almeira e Marcelo Fernando Novaes Moreira, diretores de confiança de Diniz no Sesc/Senac, são alvos de mandados de prisão temporária na ação. Os envolvidos são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e pertencimento a organização criminosa. Além dos quatro mandados de prisão, 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Sessenta policiais participaram da ação, que também teve o apoio da Receita Federal.
As investigações começaram no âmbito da Calicute, quando os investigadores descobriram vários depósitos de grandes valores para escritórios da Adriana Ancelmo, feitos pela Fecomércio. De acordo com as investigações, pessoas ligadas à gestão da Fecomércio faziam operações irregulares pagando com altos valores da própria entidade honorários a escritórios de advocacia, somando mais de R$ 180 milhões. Deste valor, R$ 20 milhões teriam sido pagos ao escritório pertencente à Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, preso em Benfica.
O esquema usado na Fecomércio, segundo os investigadores, era uma ramificação da organização criminosa de Sérgio Cabral e também lavou, entre os anos de 2007 e 2011, cerca de R$ 3 milhões na empresa de consultoria Thunder Assessoria, de Orlando Diniz. Os crimes tinham o conhecimento e autorização de Cabral e contava com a atuação de Carlos Miranda e Ary Filho, operadores do ex-governador.
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