Nelson Leal, diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, está entre os seis presos nesta quinta-feira (22) na 48ª fase da Operação da Lava Jato, batizada de Integração.
As suspeitas são de que o diretor tenha recebido propina da concessionária Econorte, do grupo Triunfo, para aprovar aditivos que resultaram no aumento da tarifa de pedágio cobrada na rodovia que constitui o chamado Anel de Integração.
Segundo os investigadores, Nelson Leal adquiriu “de forma oculta” um apartamento de luxo em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, no valor de R$ 2,5 milhões. Deste total, “aproximadamente R$ 500 mil foram pagos em espécie ou com recursos cuja origem não foi identificada nas contas do investigado”, informou o procurador Diogo Castor de Mattos, do Ministério Público no Paraná. Leal teria sido beneficiado também com o pagamento do aluguel de um iate de luxo.
Outro denunciado pelo Ministério Público Federal no Paraná é o assessor da Casa Civil do estado Carlos Felisberto Nasser, que não foi preso por causa da idade avançada. De acordo com a assessoria do governo do Paraná, Nasser, que tem cerca de 80 anos, ocupava um cargo de terceiro escalão em departamento que coordena ações políticas voltadas ao relacionamento com prefeituras e órgãos públicos.
O governo do Paraná determinou instauração de processo de investigação, pela Controladoria Geral do Estado, para o esclarecimento de eventuais irregularidades apontadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, na chamada “Operação Integração”, que envolve a concessão de rodovias federais no Paraná.
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